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Brasil enfrenta crise de saúde mental

  • Foto do escritor: Machado Silva - Advogados e Advogadas
    Machado Silva - Advogados e Advogadas
  • 15 de abr.
  • 2 min de leitura

Em 2024, o Brasil registrou mais de 470 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais, como ansiedade e depressão, entre outras doenças. É pouco menos do que a população de Florianópolis, Santa Catarina, com cerca de 500 mil, ou toda a população de Boa Vista, capital de Roraima, com 470.169 pessoas. Os dados sobre afastamentos do trabalho são do Ministério da Previdência Social e desvendam a maior crise de saúde mental enfrentada pelo país na última década.


Na comparação com 2023, as 472.328 licenças médicas concedidas representam um aumento de 68%, além de um impacto direto na vida de trabalhadores e empresas. Na matéria especial do G1 (leia completa no link abaixo), que obteve os dados em primeira mão, é traçado um perfil dos trabalhadores atendidos e um dado é preocupante: a maioria, ou seja, 64%  são mulheres, com idade média de 41 anos, apresentando depressão e ansiedade, com até três meses de afastamento do trabalho. São 301.348 mulheres afastadas contra 170.980 homens.

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 Sobrecarga de trabalho, o salário menor e a violência


O último Censo do IBGE mostrou que as mulheres mantêm financeiramente 49,1% dos lares brasileiros, o que significa 35 milhões de famílias em todas as regiões do Brasil. A maioria das mulheres está com 40 e poucos anos, mesma idade média dos afastamentos. A insegurança financeira e o aumento do custo de vida, segundo psicólogos e psiquiatras ouvidos pelo G1, podem ser as principais causas, já que o preço dos alimentos subiu 55% nos últimos quatro anos. É necessário também levar em conta as responsabilidades profissionais e familiares, a sobrecarga de trabalho, o salário menor e a violência. Levantamento do IBGE no último ano revelou que as mulheres ganham menos que os homens em 82% das áreas analisadas. 


Outro dado significativo é que o maior número de licenças está nos estados com maior população, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas, proporcionalmente, quando considerado o número de afastamentos em relação à população do estado, os maiores índices foram registrados no Distrito Federal, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para os psicólogos, a tragédia da enchente afetou diferentes esferas da vida dos trabalhadores gaúchos. Segundo especialistas, o racismo é um complicador para os transtornos mentais na população negra. Dados do Ministério da Saúde divulgados indicam que o número de suicídios é  45% maior entre as pessoas pretas e pardas, em comparação às brancas.


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